O que é cerveja puro malte? Entenda tudo sobre o tema!
A cerveja puro malte se popularizou ao longo dos anos! Mas você sabe dizer o que é e qual a diferença dela para outras?
Aqui no Brasil, a cerveja puro malte é aquela feita com 100% de malte de cevada ou outros cereais, sem a utilização de qualquer outro tipo de adjunto como por exemplo, milho.
Dentro dessas denominações existem legislações que regem a produção de cerveja, e explicam outros termos que você precisa conhecer para começar a fabricar, vender cerveja ou mesmo abrir um bar!
Por isso, se você quer entender qual a diferença de uma cerveja puro malte, assim como outros termos como a Lei da Pureza, é só ler a postagem que preparamos!
Cerveja puro malte: o que é?
Primeiro, você precisa saber que o Malte é a matéria-prima utilizada na fabricação da cerveja. Ele é feito a partir da germinação controlada de cereais, como por exemplo, a cevada, trigo e outros! Esses cereais maltados viram o Malte.
Agora vamos falar sobre cerveja puro malte!
A primeira legislação que regulou o termo puro malte no Brasil foi o decreto no 2.314, de 4 de setembro de 1997, que hoje já possui atualizações.
Entretanto, a norma mais recente é a Instrução Normativa nº 65, de 10 de dezembro de 2019 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Mapa.
No Decreto de 1997 dizia que a cerveja puro malte é aquela que possui 100% malte de cevada, em peso, sobre o extrato primitivo, como fonte de açúcares.
Já a instrução normativa do Mapa diz que a cerveja puro malte é aquela elaborada a partir de um mosto cujo extrato primitivo provém exclusivamente de cevada malteada ou de extrato de malte.
Mas, lembra que falamos que o Malte pode vir de outros cereais, como trigo?
Então, quando o malte não é de cevada, segundo a legislação deve ser denominado como "cerveja puro malte de (nome do cereal malteado)”. Por exemplo, cerveja puro malte de trigo.
Resumindo, a cerveja puro malte é uma cerveja feita 100% de cereais maltados sem a adição de outros adjuntos!
O que são os adjuntos?
No Brasil, os adjuntos cervejeiros são ingredientes que substituem o malte ou o extrato de malte na elaboração da cerveja.
Segundo a norma é permitido a adição de adjuntos em até 45% em peso em relação ao extrato primitivo do mosto cervejeiro.
Os outros 55% devem ser dos grãos maltados.
São várias as possibilidades de incluir outros ingredientes (adjuntos) para produzir a cerveja, além dos grãos maltados. Mas o exemplo mais claro é quando se adiciona milho em cervejas mais populares, muitas vezes para baratear o custo da bebida.
Porém, hoje em dia, muitas cervejas artesanais trazem outros ingredientes que inclusive, melhoram a experiência sensorial de consumo.
Vamos falar um pouquinho mais sobre isso ali na frente. Antes é importante que você entenda sobre a Lei da Pureza Alemã.
Lei da Pureza Alemã e a cerveja puro malte
O termo puro malte vem da tão conhecida Lei da Pureza Alemã. Segundo conta o Larousse da Cerveja, a Lei da Pureza Alemã foi estabelecida pelos duques Guilherme IV e Luís X, em 23 de abril de 1516.
O intuito era regular a produção de cerveja, na época, na região da Baviera. Ela regulava o preço de venda da cerveja e dizia, entre outras coisas, que os únicos ingredientes permitidos em sua fabricação eram água, cevada e lúpulo.
Ainda, segundo o Larousse da Cerveja, naquele tempo não se mencionava a levedura pois não se tinha o conhecimento claro da microbiologia.
Este era o contexto da época que buscava uma regularização dentro dessa produção. Atualmente, a cerveja é denominada e entendida de outras formas pelos mestres cervejeiros e pelos consumidores.
Mas a Lei da Pureza foi um importante marco, principalmente para originar as cervejas conhecidas como puro malte. Afinal, ela denominou a cevada e o lúpulo como ingredientes básicos.
A lei rejeitava bebidas que utilizavam trigo, arroz, milho e outros adjuntos como frutas e açúcares e se denominavam cerveja.
Hoje, a legislação que denomina a cerveja no Brasil é o Decreto 9.902, de 2019.
Ele diz que “cerveja é a bebida resultante da fermentação, a partir da levedura cervejeira, do mosto de cevada malteada ou de extrato de malte, submetido previamente a um processo de cocção adicionado de lúpulo ou extrato de lúpulo, hipótese em que uma parte da cevada malteada ou do extrato de malte poderá ser substituída parcialmente por adjunto cervejeiro.”
A cerveja puro malte é melhor?
Não necessariamente. Isso porque podem existir cervejas puro malte que são de muita qualidade, assim como cervejas puro malte que não são.
Dizer o que é melhor ou o que não é, acaba sendo bastante relativo. Até porque o consumo da cerveja pode ser visto e contemplado de várias formas diferentes.
Geralmente a cerveja está relacionada com o que você procura, o momento que você vai apreciá-la, e até mesmo com quem você vai consumi-la.
Por exemplo, quando você vai ao mercado você pode querer uma latinha de uma cerveja puro malte. Mas ao visitar um restaurante ou fazer um jantar em família, você vai preferir uma cerveja artesanal diferenciada, como por exemplo uma Sour ou outros estilos e receitas.
Isso porque vai tudo da experiência que o consumidor está buscando.
Sem falar que, em muitas receitas desenvolvidas por mestres cervejeiros, são adicionados adjuntos com um objetivo específico. Geralmente para trazer uma experiência de sabor, aroma e textura diferente.
O que vai diferenciar uma cerveja produzida em larga escala, onde os adjuntos são adicionados somente para baratear uma produção, como citamos anteriormente.
Tudo isso deve ser levado em consideração: produção, contexto de consumo, experiências.
E aí, gostou de entender o que é a cerveja puro malte? Então continue acompanhando a gente por aqui e segue a gente nas redes sociais para receber mais conteúdos como este!