O início do ano é um convite para as pessoas pensarem sobre hábitos e estilo de vida que querem para si. Por isso a dúvida se cerveja faz mal para saúde, acaba sendo um questionamento constante para muitos.
E sabe porque é tão importante os empreendedores e donos de bares estarem atentos a isso? Porque estes comportamentos, consequentemente afetam a forma como o público consome.
No artigo que escrevemos sobre tendências de bares para 2023, a preocupação com a saúde apareceu como tendência para José Eduardo Camargo, líder de inteligência e conteúdo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, a Abrasel.
Portanto, vale refletir sobre as práticas do seu negócio e como você pode levar novas formas de consumo para o seu bar.
E, para isso, conversamos com Halana Ataide, nutricionista da Innove - Assessoria e Consultoria em Nutrição, empresa especialista em trazer soluções voltadas à Nutrição para diversas áreas e negócios. Ela nos falou sobre comportamento, consumo e como levar isso ao seu bar.
Confira no artigo de hoje o que o questionamento “cerveja faz mal para saúde” tem a ver com seu negócio e como essas mudanças de comportamento influenciam na sua gestão!
As pessoas vêm procurando por diferentes estilos de vida! Isso impacta na forma como elas consomem e principalmente nas suas escolhas alimentares.
Halana explica que os donos de bares e restaurantes precisam considerar o que está acontecendo dentro e fora do estabelecimento, nas mudanças e nas tendências do público.
“Eu digo que a palavra é sempre inovação, porque os empreendedores precisam estar atentos a tudo. Tanto na questão das escolhas alimentares como vegetarianismo e veganismo, mas também nas questões que envolvem outros tipos de restrições como intolerância a lactose e glúten. No mercado cervejeiro já tem aparecido bastante opção em relação a isso”, explica.
Na prática, essas mudanças podem ocorrer através da variedade do cardápio, tanto para bebidas, quanto para os pratos servidos.
Para além da pergunta clássica se cerveja faz mal para saúde, há também dúvidas relacionadas aos rótulos e suas diferenças. No mercado cervejeiro aparecem opções de produtos e rótulos diferentes, que podem ser bastante interessantes para o seu bar. Como a cerveja sem glúten, cerveja light e cerveja sem álcool.
Mas, muitas vezes, esses rótulos também causam confusão na cabeça do consumidor e do seu cliente. Confira a diferença entre eles segundo as legislações vigentes:
Na cerveja, o glúten vem normalmente da cevada, trigo ou centeio.
Segundo o MAPA, a expressão “cerveja sem glúten” é permitida apenas para a cerveja elaborada com cereais não fornecedores de glúten, ou que contenha teor de glúten abaixo do estabelecido em regulamento técnico específico.
Já segundo o Codex Alimentarius (FAO/OMS), para fins de rotulagem, um alimento pode ser rotulado como sem glúten quando apresenta um limite máximo de 20 ppm (partes por milhão) de glúten. Em outras palavras, 20mg/kg (um quilograma é 1 milhão de miligramas).
Na legislação do MAPA, as cervejas são classificadas da seguinte forma:
- Cerveja sem álcool: conteúdo alcoólico inferior ou igual a 0,5% em volume (0,5% v/v);
- Cerveja com teor alcoólico reduzido ou com baixo teor alcoólico: conteúdo alcoólico é superior a 0,5% em volume (0,5% v/v) e inferior ou igual a 2,0% em volume (2,0% v/v);
- Apenas "cerveja": conteúdo alcoólico é superior a 2,0% em volume (2,0% v/v).
A expressão "cerveja light" é permitida para a cerveja cujo valor energético apresenta teor máximo de 35 kcal/100 mL.
Já a tão conhecida Malzbier é a cerveja adicionada de açúcares de origem vegetal, exclusivamente para conferir sabor doce.
Para aqueles empreendedores que desejam aumentar as opções do cardápio e incluir os clientes que buscam outros tipos de consumo, Halana orienta iniciar por pequenas adaptações.
“Uma dica é, primeiro de tudo, ver o que se tem no cardápio e procurar o que pode ser feito. Por exemplo, o que é feito com carne e que é possível adaptar para uma opção vegetariana ou vegana?”, reflete Halana.
“O que acontece muitas vezes é que a pessoa vai no bar para beber uma cerveja e para comer e acaba só encontrando batata frita ou até mesmo uma salada. Então ela pensa ‘poxa, não tem um pastel ou uma opção mais elaborada para eu comer junto com meus amigos’?”
Nesse sentido, ela explica que pequenas alterações podem fazer muita diferença e criar um outro olhar para o cardápio. “Por exemplo, mesmo para fugir do tradicional pastel de queijo, que tal adicionar uma opção que tenha tomate junto? Isso já vai agregar na experiência daquele cliente. Além disso, não vai exigir mais da sua operação ou aumentar muito seus custos. Então, inicialmente, podem ser feitas pequenas mudanças.”
A nutricionista também fala que, com o tempo, você pode partir para outras estratégias, conforme aceitação dos clientes. “Ainda não é muito comum, mas outras opções também podem ser incluídas, como diferentes sabores de coxinhas. Em Florianópolis (SC), por exemplo, foi um mercado que se expandiu bastante. Antes só se encontrava coxinhas de frango, hoje já achamos diferentes opções”, relata.
“Outra ideia também é um kibe sem carne, que acaba até sendo mais barato. Até mesmo uma almôndega de feijão também pode ser interessante.”
Em resumo, Halana acredita que o caminho é olhar para o que pode ser feito, e aos poucos adaptar o negócio. Depois é possível criar diferentes estratégias, avaliando a aceitação do público.
Segundo Halana, existem diversas questões que envolvem hábitos, consumo e cuidados. Principalmente, quando falamos em saúde, pois características individuais devem ser levadas em consideração.
Nesse sentido, os órgãos de saúde não preveem uma recomendação segura de consumo do álcool em si. Por isso que sempre se comenta sobre o consumo moderado.
O que muito se escuta é que a cerveja faz crescer “barriga” ou que engorda. Entretanto, Halana explica que a alimentação deve ser olhada de uma forma ampla.
“É normal as pessoas quererem achar um ‘culpado’ e se livrarem dele. Mas, não existe um estudo que comprove a relação direta do consumo de bebida e o aumento do acúmulo dessa gordura abdominal. Mas, se sabe que o excesso de caloria gera o aumento da gordura corporal, então é importante que se olhe para a alimentação como um todo”, explica.
Ela ainda explica que essa associação vem também porque geralmente os alimentos que acompanham a cerveja no bar são alimentos calóricos, como frituras e amendoim. Então na verdade precisamos estar atentos a tudo que se consome e aos nossos hábitos como um todo.
Através da plataforma da Beerpass também é possível servir outros tipos de bebidas. Portanto é fácil você adaptar o catálogo de bebidas do seu bar ou restaurante usando o autosserviço.
Diferentes estilos de chopp, drinks e até bebidas sem álcool e que incluem um possível nicho de clientes, como a kombucha, que também vem nessa tendência de mudanças de hábito, pode ser servida no autosserviço de chopp da Beerpass.
E aí, percebeu porque o questionamento “cerveja faz mal para saúde” tem tudo a ver com seu negócio e a sua gestão? Se você quiser saber mais sobre gestão de bares, negócios e como a Beerpass pode impulsionar o seu bar, entre em contato com um dos nossos consultores!
